Você já trabalha ou gostaria de trabalhar por conta própria? Saiba que existe um jeito simples de abrir a sua empresa e legalizar o seu negócio: torne-se um Microempreendedor Individual (MEI). Para se formalizar, você não paga impostos federais, e sim uma taxa única por mês que dá direito aos benefícios do INSS, como auxílio maternidade, auxílio doença e aposentadoria.
Existem três formas de contribuição do MEI que mudam conforme seu tipo de negócio:
R$ 36,20 (para comércio)
R$ 41,20 (para prestação de serviços)
R$ 42,20 (se for comércio e serviço)
Você não
tem nenhum custo inicial para se formalizar como Microempreendedor Individual,
pois não há cobrança de taxa de registro nem de abertura da microempresa.
Quem pode
se tornar um MEI
Empreendedores
que têm um negócio próprio com faturamento bruto de até R$ 60 mil por ano –
independentemente do valor mensal. Ou seja, você pode faturar até R$ 5 mil por
mês.
Seu
negócio também precisa ser classificado como uma das 400 profissões que têm a
liberação para entrar na formalização como MEI.
A idade
mínima é de 16 anos, sendo que este empresário não pode ser sócio ou
administrador de nenhuma outra empresa e deve ter no máximo um funcionário que
ganhe o salário mínimo ou o piso da categoria.
Importante!
Contratados com carteira assinada (CLT) podem abrir um registro como. No
entanto, caso sejam demitidos, não terão direito ao seguro-desemprego.
Funcionário
público pode ser MEI?
Sim, mas
existem condições. Segundo a Lei 8.112/90, o servidor público não pode ser
empresário quando ainda está atuando no cargo. Só é permitida a formalização
como MEI quando este funcionário se aposenta, desde que não seja uma
aposentadoria por invalidez.
O
pensionista que não for servidor público em atividade nem aposentado por
invalidez também pode se tornar um microempreendedor individual sem correr
risco de perder a pensão.
Cadastrados
no Bolsa Família
Receber
este benefício não impede que você se torne um microempreendedor individual.
Fazer o registro como MEI não bloqueia o Bolsa Família, mas se os rendimentos
da sua microempresa ultrapassarem a renda permitida pelo programa do Governo,
você terá que sair do cadastro de beneficiário.
Vantagens
do MEI
Acaba com
a burocracia do processo de criar uma empresa, uma vez que tudo é feito pela
internet.
– O
empreendedor não precisa pagar impostos federais (Imposto de Renda, PIS, IPI,
Cofins e CSLL);– O pagamento mensal de valor único garante todos os benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença e aposentadoria;
– O MEI é enquadrado no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que ajuda a fazer empréstimos, abrir conta bancária e emitir notas fiscais. No caso das notas, verifique se a prefeitura do seu município trabalha com a nota fiscal eletrônica ou se ainda utiliza o talão convencional. Caso seja eletrônica, entre em contato com a prefeitura para saber como lançar as notas fiscais.
As
obrigações do MEI
Mensal
O MEI tem
algumas obrigações de prestação de contas. Até o dia 20 de cada mês, é
necessário preencher um relatório (disponível para download no Portal do
Empreendedor) das receitas que obteve no mês anterior. Você precisa anexar
neste relatório as notas fiscais de compras de produtos e serviços, juntamente
com as notas fiscais que emitir para seus clientes.
Anual
Anualmente,
o MEI deve informar qual foi o faturamento do ano anterior. A declaração
pode ser preenchida no Portal do Empreendedor e preenchida pelo próprio
empresário ou por um contador.
Contratar
um escritório ou fazer a contabilidade do MEI por conta própria?O auxílio de um profissional em contabilidade é importante para evitar alguns erros na apresentação de informações e declarações fiscais, principalmente em função das constantes alterações legislativas. Além disso, um contador pode ajudar na tomada de decisões e propor procedimentos estratégicos para desenvolver melhor o negócio.
O
primeiro atendimento ao MEI (formalização) e a primeira declaração anual feitos
pelo contador são gratuitos.
O que só
o contador pode fazer?
Um
contador não se envolve apenas com a parte técnica do negócio, ele age também
como um consultor indispensável para manutenção e crescimento da empresa.
Assim, para que o empreendedor não deixe de lado itens importantes da parte administrativa,
um contador é fundamental nos seguintes procedimentos:
Ao abrir
o negócio
Abrir as
portas da sua empresa envolve detalhes que até os empreendedores mais
informados desconhecem. Definir a aplicação do valor do capital
social, formação de preços e custos, tipo de tributação que o
empreendimento pode sofrer em caso de crescimento e saída do MEI,
custos na admissão de funcionário, outras obrigações que o MEI
pode ser submetido como alvará de funcionamento, etc, são coisas tão
importantes que não devem ser feitas por quem não é expert no tema. Essas
questões da abertura são tão complexas, que ainda pode ser necessária a
ajuda de um
advogado.
Durante a
operação
Formatos
jurídicos, contratos, definições e planejamento financeiro não são todo o
trabalho que um contador pode auxiliar. O profissional ainda precisa dar
suporte sobre as modificações na legislação brasileira, bem como preparar
a empresa para participar de licitações e vendas para órgãos públicos.
Orçamentos
e fluxos de caixa também poder ser delegados ao contador, uma vez que o
empreendedor do pequeno negócio muitas vezes não dispõe de conhecimento técnico
para fazer este tipo de acompanhamento.Ao encerrar o negócio
Justamente pela legislação, acertos de contas, levantamento de recebíveis, inventário e outras questões financeiras e jurídicas é que o contador deve estar presente até no encerramento das atividades empresariais.
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